Terça, 17 de Setembro de 2024
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 Lula alfineta Banco Central e diz que juros altos sufocam a economia brasileira

Em evento na CNI, presidente critica política de juros e sugere que, mesmo com taxas baixas, economia só avança com dinheiro em circulação

14/08/2024 às 17h09
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar duramente a atual política de juros do Banco Central em um discurso proferido nesta quarta-feira (14) durante o evento Diálogos Capitais, realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Lula classificou a luta por juros mais baixos como uma “briga eterna” e sugeriu que, mesmo com uma taxa de juros reduzida, a economia brasileira pode continuar estagnada se não houver dinheiro circulando.

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“Baixar os juros é uma briga nossa eterna neste país. Mas, mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir”, afirmou o presidente. Lula comparou a situação do Brasil com a do Japão, onde as taxas de juros são praticamente nulas, mas a economia permanece estagnada. “O Japão tem juro zero, e a economia do Japão não cresce há quantos anos? O que é importante é a circulação de dinheiro”, continuou.

As críticas de Lula se concentram na política de juros adotada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que assumiu a liderança da instituição durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O governo federal, liderado por Lula, tem manifestado o desejo de reduzir a taxa Selic, atualmente fixada em 10,50%, mas enfrenta resistência do Banco Central.

O mandato de Campos Neto está previsto para expirar no final deste ano, o que permitirá a Lula indicar um novo presidente para o Banco Central, alinhado com a política econômica do atual governo.

No final de julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a taxa básica de juros em 10,50%, decisão que foi recebida com críticas por Lula. Na ocasião, o presidente evitou falar com a imprensa, mas posteriormente avaliou que “devaneios de bilionários que preferem colonizar Marte a cuidar da Terra não substituem a ação e a orientação do Estado”, deixando claro seu descontentamento com a condução da política monetária do país.

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*Com informações Metrópoles

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