
O embate entre o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, atingiu um novo estágio, desta vez centrado na criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Planos de Saúde. Na terça-feira, 13 de fevereiro de 2024, Flávio Dino deu um prazo de dez dias para que Lira explique a ausência de progresso na instalação da CPI, uma ação que visa investigar práticas abusivas no setor de planos de saúde, um tema de relevância para milhares de brasileiros.
A CPI, proposta pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) em junho de 2023, já possui o apoio de 310 parlamentares e é composta por 32 membros titulares e um número equivalente de suplentes. O foco da comissão será investigar práticas questionáveis das operadoras de planos de saúde, que lideraram o ranking de queixas de consumidores em 2023, conforme dados do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec). Entre as principais reclamações estão contratos abusivos e negativas de cobertura.
Arthur Lira tem se mostrado resistente à instalação da CPI, o que gerou frustração no STF. A ação que originou a cobrança de Dino foi movida pela Associação Nenhum Direito a Menos, que acusa Lira de omissão. A instalação da CPI é amplamente aguardada, especialmente após o aumento alarmante nas reclamações sobre planos de saúde, que, segundo a Folha de S.Paulo, inclui questões como reajustes abusivos e falta de cobertura adequada.
A pressão sobre Lira para avançar com a CPI está crescendo, e a resposta dele à cobrança do STF pode ser crucial para a transparência e para possíveis reformas no setor de saúde. O STF já demonstrou sua disposição em tratar a questão com seriedade, mantendo a decisão de Dino sobre a suspensão das emendas impositivas, destacando a importância da clareza na gestão pública.
Se Lira não apresentar justificativas satisfatórias, a pressão para a instalação da CPI pode intensificar-se, refletindo a urgência da população em resolver os problemas enfrentados com planos de saúde. O desfecho desse confronto pode não apenas impactar o Legislativo, mas também trazer mudanças significativas no mercado de saúde no Brasil.
Fique atento para os próximos desenvolvimentos desse conflito e suas possíveis repercussões na vida dos consumidores e na operação do mercado de planos de saúde.
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*Com informações Terra Brasil