O clima no Supremo Tribunal Federal (STF) esquentou com as recentes declarações do ministro Alexandre de Moraes. Em um documento publicado nesta quinta-feira (22), Moraes atribuiu o vazamento de mensagens privadas de seu gabinete a uma possível organização criminosa. Segundo ele, o grupo estaria tentando desestabilizar as instituições republicanas e promover o fechamento da Suprema Corte com o objetivo de instaurar um regime ditatorial.
No início das investigações do caso, que agora é tratado sob o número 4972, Moraes retirou o sigilo do processo. O ministro assumiu a relatoria do inquérito devido à sua conexão com o inquérito das fake news (4781), que também está sob sua condução.
"Essa organização criminosa atenta contra a Democracia e o Estado de Direito, especificamente contra o Poder Judiciário e, em particular, contra o Supremo Tribunal Federal," afirmou Moraes. "O objetivo é a cassação dos membros do STF e o fechamento da Corte Máxima do país, com um retorno à ditadura e ao afastamento da Constituição Federal."
O vazamento, publicado pela Folha de S.Paulo, revelou que o ministro teria usado a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma informal para embasar investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes determinou que Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED, preste depoimento à Polícia Federal. Tagliaferro, demitido em maio de 2023 após ser preso por violência doméstica, é mencionado nas mensagens vazadas, assim como o juiz instrutor Airton Vieira e o juiz auxiliar Marco Antônio Vargas.
O episódio gerou um aumento na tensão política e institucional, destacando a polarização que cerca o STF e suas operações. As mensagens vazadas e as alegações de Moraes alimentam a controvérsia e aprofundam o debate sobre a segurança e a integridade das instituições judiciais no Brasil.
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*Com informações Pleno News
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