O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), continua a intensificar suas ações contra a rede social X e seu proprietário, Elon Musk, em uma sequência de medidas que têm gerado controvérsia e debates sobre abuso de poder. Em sua mais recente decisão, Moraes encaminhou à Polícia Federal as explicações fornecidas pela plataforma sobre o uso indevido de perfis bloqueados judicialmente, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo o X, a falha técnica permitiu que perfis como o do blogueiro Allan dos Santos, bloqueados por decisões do STF, acessassem a plataforma e utilizassem o recurso "Spaces" para transmissões ao vivo, o que foi interpretado por Moraes como possível obstrução de Justiça. A PF relatou que pelo menos seis perfis bloqueados conseguiram interagir com usuários brasileiros, desafiando diretamente as ordens judiciais de bloqueio.
A decisão de Moraes vem na esteira de um inquérito iniciado contra Musk, que já foi incluído na investigação das milícias digitais após críticas públicas ao Judiciário brasileiro e ameaças de descumprir decisões judiciais. A postura do ministro tem sido vista por muitos como uma escalada desproporcional, levantando dúvidas sobre o equilíbrio entre a segurança da Justiça e a liberdade de expressão nas plataformas digitais.
Enquanto o STF e a PF seguem com a apuração dos fatos, cresce o questionamento sobre até onde vai o poder do Judiciário e se as ações de Moraes estão cruzando limites que colocam em risco a integridade das plataformas de redes sociais e a confiança do público na imparcialidade das investigações. As respostas que a PF encontrar, além das ações futuras do STF, podem ter implicações significativas não apenas para o X, mas para a forma como a liberdade de expressão é tratada no Brasil.
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*Com informações Terra Brasil