Quinta, 13 de Novembro de 2025
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Mato Grosso do Sul enfrenta ar insalubre pior que o deserto do Saara

Altas temperaturas, baixa umidade e fumaça densa tornam respirar um desafio crítico no estado

10/09/2024 às 11h08
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul está enfrentando condições climáticas mais severas que as do deserto do Saara nas últimas semanas. Com temperaturas elevadas, umidade relativa do ar extremamente baixa e uma espessa fumaça prejudicial à saúde encobrindo as cidades, respirar se tornou uma tarefa quase impossível para os moradores do estado.

De acordo com o monitoramento do The Weather Channel, que rastreia condições meteorológicas insalubres ao redor do mundo, Mato Grosso do Sul está listado entre os locais mais impróprios para a respiração. A análise mostra a presença predominante de três poluentes principais: PM 2.5 (partículas finas de poeira que penetram profundamente no sistema respiratório), PM 10 (partículas maiores, mas igualmente nocivas) e ozônio, um gás tóxico que pode agravar problemas respiratórios.

As cidades mais afetadas incluem Porto Murtinho, com um índice alarmante de 166 PM 2.5, tornando-a a cidade com o ar mais insalubre do estado nesta terça-feira (10). Miranda e Corumbá também enfrentam índices críticos de poluição, com 159 PM 2.5, enquanto Dourados e Campo Grande apresentam níveis de 155 e 135 PM 2.5, respectivamente. As temperaturas nas cidades variam entre 37°C e 39°C, com umidade relativa do ar entre 12% e 15%.

Os incêndios florestais que ocorrem em várias regiões do país são os principais responsáveis pela emissão desses poluentes na atmosfera. A poluição do ar é uma grande ameaça para a saúde humana, principalmente nos grandes centros urbanos, devido aos incêndios de grandes proporções.

A poluição do ar gera uma série de sintomas, como tosse, falta de ar, e agravamento de doenças respiratórias. Embora haja uma previsão de melhora momentânea para os dias 15 e 16 de setembro em algumas regiões do sul do estado, devido à chegada de uma frente fria com possibilidade de chuva, as áreas ao norte não devem apresentar essa melhora.

Enquanto a fumaça persiste e a qualidade do ar continua crítica, há uma necessidade urgente de mudanças nos hábitos e maior conscientização sobre os impactos das queimadas e das mudanças climáticas. As secas e as ondas de calor estão provando que é necessário repensar as ações para melhorar as condições ambientais e de saúde pública.

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*Com informações Midiamax

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