A proposta do governo Lula de confiscar terras queimadas levanta uma série de questões jurídicas e práticas, além de ser vista por muitos como uma manobra política. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem analisado a ideia como resposta aos incêndios criminosos que devastam o Pantanal e a Amazônia. No entanto, segundo especialistas, não há amparo legal para tal ação, já que a legislação atual não prevê o confisco de terras em casos de queimadas, diferentemente de crimes como tráfico de drogas.
O ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles, afirmou que a situação das queimadas é idêntica à que enfrentou em 2020, mas a pressão popular tem mudado. Ele destacou que o clima e o comportamento humano são fatores centrais para os incêndios, mas que a culpa não recai sobre o agronegócio: "Ninguém põe fogo no próprio ativo", disse Salles, sugerindo que parte das queimadas pode ser causada por agricultores do MST em retaliação a proprietários.
Em contrapartida, o MST nega qualquer envolvimento, enfatizando que as queimadas prejudicam o solo e vão contra suas práticas agrícolas. Além disso, ambientalistas apontam que a falta de regularização fundiária durante o governo Bolsonaro contribuiu para o agravamento das queimadas.
A proposta de confisco do governo Lula, portanto, parece ser mais uma jogada política do que uma solução concreta, enfrentando desafios tanto legais quanto práticos.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.