Quinta, 06 de Novembro de 2025

Brasil se prepara para reunião crucial sobre eliminação do sarampo e rubéola nas Américas

Comissão da OMS avaliará status do país após surtos; recertificação como área livre do sarampo está em pauta

23/09/2024 às 09h39
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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No dia 4 de novembro, Brasília receberá a Comissão Regional de Monitoramento e Verificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas. Este encontro, que marca a quarta reunião do grupo no Brasil, é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para monitorar a situação dessas doenças no continente e terá como foco a avaliação do status brasileiro em relação ao sarampo.

Após ser certificado como livre do sarampo em 2016, o Brasil enfrentou surtos da doença a partir de 2018, impulsionados por baixos índices de vacinação. Desde então, o país, em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), intensificou esforços em vigilância epidemiológica, vacinação e mobilização social. O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, expressou otimismo em relação à possibilidade de recertificação, ressaltando que o Brasil avançou de endêmico para a categoria "pendente de reverificação" em 2023.

A análise da comissão será realizada até 6 de novembro, e, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos autóctones de sarampo desde junho de 2021. Contudo, foram identificados dois casos importados em 2024. Gatti enfatizou a importância das recomendações feitas pela comissão no ano passado, que incluem a intensificação da vacinação em áreas de risco e a modernização dos sistemas de informação sobre imunização.

O Ministério da Saúde planeja publicar uma atualização do plano de ação em outubro, que agora prioriza a reverificação do sarampo e a sustentabilidade da eliminação da rubéola. Além disso, uma mobilização nacional, o Dia S, será instituída para promover a vacinação e a busca ativa de casos.

“O processo de eliminação do sarampo exige vigilância contínua, não apenas vacinação”, destacou Gatti, enfatizando a necessidade de evitar a repetição do cenário crítico de 2018.

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*Com informações Diário Digital

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