Domingo, 13 de Outubro de 2024

Lula autoriza repatriação de brasileiros no Líbano enquanto condena ataques de Israel: mais uma missão em tempos de crise

Operação de evacuação pode retirar até 3 mil pessoas; governo prioriza grupos vulneráveis enquanto segurança da missão é avaliada

01/10/2024 às 09h26
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, nesta segunda-feira (30), a operação de repatriação de brasileiros no Líbano, em meio a crescentes tensões na região. O chanceler Mauro Vieira anunciou que, até o fim do próximo fim de semana, pelo menos 240 pessoas devem ser repatriadas no primeiro voo, com prioridade para idosos, mulheres grávidas, crianças e aqueles com problemas de saúde.

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A operação será coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, e o governo promete divulgar a data do voo assim que as condições de segurança forem avaliadas. De acordo com o Palácio do Planalto, o planejamento inicial da Força Aérea Brasileira (FAB) inclui decolagem do aeroporto de Beirute, que permanece aberto.

Essa não é a primeira vez que Lula atua em situações semelhantes. Em 2006, ele autorizou uma operação de evacuação durante a guerra entre Israel e o Hezbollah, usando uma rota que passava por Damasco, na Síria. Contudo, a atual situação na Síria, marcada pela presença de remanescentes do Estado Islâmico, torna essa rota mais arriscada. Uma alternativa em análise envolve um aeroporto na Síria, próximo ao Líbano e a uma base russa.

O governo brasileiro estima que, com base na operação de 2006, até 3 mil pessoas possam ser retiradas da região, embora esse número ainda não seja oficial e possa variar. Um avião da FAB, o KC-30, já foi reservado para a operação, com capacidade para transportar 230 passageiros e autonomia de voo de 12 horas.

Em um discurso recente no México, Lula condenou os ataques de Israel no Líbano, afirmando que a guerra é uma “prova da insanidade humana” e que Israel está “atacando e matando pessoas inocentes”. Ele criticou a lógica de vingança que leva a tais conflitos, destacando a necessidade de proteger aqueles que não têm como se defender.

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*Com informações O Globo

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