Em um recente evento no México, Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu compromisso de erradicar a fome no Brasil até 2026, apresentando essa meta como um dever ético e moral. Contudo, a realidade pinta um quadro diferente. Embora Lula afirme que 24,4 milhões de brasileiros superaram a fome no último ano, o "Mapa da Fome" da ONU revela que ainda há 2,5 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar, com 1,2% da população brasileira enfrentando a fome.
Os dados mostram que a segurança alimentar severa no Brasil teve uma redução de 85% em 2023, mas a persistência do problema exige uma análise crítica. É questionável como Lula pode prometer a erradicação da fome sem abordar as causas profundas e as escolhas políticas que levaram a essa situação. Enquanto ele aponta o Bolsa Família como símbolo de sua administração, a dependência de programas assistenciais revela um sistema que ainda falha em proporcionar condições adequadas para que os brasileiros tenham acesso a alimentos.
Lula também proclamou que a economia brasileira está em crescimento, desafiando as previsões de especialistas do mercado. Contudo, essa narrativa é desmentida por dados que indicam que a desigualdade continua a ser um problema crítico. A ideia de que "pouco na mão de muitos significa distribuição" parece ignorar a realidade dos brasileiros que ainda lutam para colocar comida na mesa.
Além de prometer acabar com a fome, Lula se prepara para discutir acordos econômicos com a nova presidente do México, Claudia Sheinbaum. Mas, em vez de focar em acordos internacionais, seria mais sensato que o presidente priorizasse a solução das questões internas que afligem sua própria população. A retórica de Lula carece de substância quando confrontada com as evidências de que a fome e a pobreza ainda são realidades dolorosas para milhões de brasileiros.
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