
As eleições em São Paulo se destacaram como uma das mais disputadas da história, com Pablo Marçal (PRTB) lidando com um adversário inesperado: o pastor Silas Malafaia. Em uma campanha marcada por ataques diretos, Malafaia fez uma mobilização intensa para frear o avanço do ex-coach entre os eleitores evangélicos, resultando em um confronto que teve repercussões significativas nas urnas.
Após um primeiro turno onde Marçal ficou atrás de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), Malafaia não hesitou em expressar seu descontentamento. Em declarações contundentes, o pastor desejou que Marçal "volte a ser um verdadeiro cristão", aludindo à sua suposta traição aos valores religiosos. "Desejo que ele volte para a igreja, pare de mentir e de querer manipular as pessoas", disse Malafaia, que ainda sugeriu que Marçal procurasse ajuda psiquiátrica, levantando um alerta sobre o estado mental do ex-coach.
A rivalidade entre Malafaia e Marçal se intensificou durante a campanha. Em um episódio notório, o ex-coach foi barrado de subir no trio elétrico montado pelo pastor durante a manifestação do 7 de Setembro na Avenida Paulista, após chegar após o fim dos discursos. Em resposta, Marçal provocou Malafaia ao convocar seus seguidores a fazerem uma "corrente de oração" por ele, ampliando a tensão entre os dois.
A campanha de Ricardo Nunes analisa que a influência de Malafaia e um suposto laudo falso divulgado por Marçal foram fatores decisivos para que o ex-coach não conseguisse os votos necessários para avançar ao segundo turno. Com a divisão e os conflitos internos no campo evangélico, Nunes se beneficia dessa batalha, reafirmando seu domínio no cenário político paulista.
As repercussões dessa disputa não apenas moldaram o primeiro turno das eleições, mas também delinearam um novo mapa da política religiosa no Brasil, onde líderes religiosos exercem uma influência crescente sobre os rumos eleitorais e, consequentemente, sobre a direção que a cidade de São Paulo tomará nos próximos anos.
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*Com informações Metrópoles