Recentemente, um vídeo de uma menina de apenas 10 anos ganhou as redes sociais e a atenção do público ao fazer um apelo emocionado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Com lágrimas nos olhos, a garota pediu a liberação de seu “papai” e “vovô”, Leandro e Levi, presos após os eventos de 8 de janeiro. Suas palavras foram um grito silencioso de desespero, ecoando uma realidade que muitos preferem ignorar.
A menina, em sua inocência, expressou um entendimento agudo sobre a dor que a decisão de Moraes inflige às famílias. “Eu prometo pra você que oro pra você... e você sabe o mal que você está me fazendo”, disse ela, revelando uma clara emoção que contrasta com a frieza das decisões judiciais que resultaram em prisões. A sinceridade do seu pedido desafia a moralidade das ações do ministro, levantando questões sobre a natureza da justiça e se as autoridades estão satisfeitas com compaixão ou apenas cumprindo ordens impessoais.
O ministro Alexandre de Moraes se posicionou como uma figura central na repressão aos acontecimentos de 8 de janeiro, impondo prisões que muitos decidem excessivamente e desproporcionais. A resposta a essas prisões não pode ser vista apenas através da lente da lei, mas também sob a perspectiva humana. A fala da menina deixa claro que essas decisões não afetam apenas os indivíduos presos, mas também suas famílias, que vivem o luto da ausência e a angústia da incerteza.
“Eu sei que você não gosta do Bolsonaro, mas não é por isso que você tem que fazer mal para os outros”, disse a menina, num desabafo que expõe a polarização política e os dilemas éticos que permeiam as decisões do STF. Essa afirmação coloca em xeque a motivação das ações de Moraes: até que ponto a ideologia deve influenciar a justiça? É aceitável sacrificar o bem-estar de famílias inteiras por convicções pessoais?
O apelo da menina serve como um lembrete pungente de que, por trás das narrativas políticas e das decisões judiciais, existem vidas humanas. Ela clama por empatia em um momento em que a sociedade parece cada vez mais dividida. É fundamental que as autoridades, especialmente as que detêm o poder de tomar decisões que afetam a liberdade das pessoas, se lembrem da humanidade que existe em cada caso.
As palavras de uma criança não devem ser ignoradas. Elas revelaram uma realidade cruel e nos convocaram a questionar a justiça de um sistema que parece ter perdido o foco na compaixão e na equidade. Enquanto Moraes continua a tomar decisões que impactam a vida de muitos, fica uma dúvida: até onde vai a responsabilidade do poder? E será que na próxima vez que um apelo como esse surgir, ele encontrará uma resposta mais humana?
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