As críticas de Silas Malafaia a Jair Bolsonaro geraram burburinhos no cenário político, levantando a suspeita de que o pastor poderia estar se preparando para uma candidatura em 2026. Observadores especularam que esse movimento recente pode ser uma tentativa de Malafaia de se distanciar do ex-presidente para se posicionar como o novo líder da direita ou até mesmo buscar uma vaga como vice em uma chapa conservadora para a Presidência.
No entanto, Malafaia foi categórico ao afirmar que não tem intenção de se candidatar a algum cargo. “Não quero carga pública alguma. As pessoas tentam deduzir nossa intenção pelo que elas próprias fariam. Não sou de partido político nenhum. Não sou nem serei candidato a nada. A chance é zero”, declarou, deixando claro que suas críticas têm outro objetivo.
As observações do pastor em relação à postura de Bolsonaro foram igualmente contundentes. “Avisei a Bolsonaro e filhos várias vezes que estavam sendo covardes e omissos. Então ele já sabia o que eu pensava. Eu tenho moral para falar. Continuo apoiando Bolsonaro pela história”, ressaltou Malafaia, reafirmando seu apoio ao ex-presidente, apesar das suas ressalvas.
Este não é um episódio isolado para Malafaia. Em junho, ele havia dirigido suas críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, levantando dúvidas sobre seus interesses e sua proximidade com figuras do governo Lula e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Após essas declarações, Tarcísio entrou em contato com o pastor para esclarecer suas ações, e a relação entre ambos parece ter se estabilizado.
A reaproximação entre Malafaia e Tarcísio ganhou força no contexto da candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo, onde os dois atuaram como principais apoiadores do emedebista no primeiro turno. Nunes agora enfrentou Guilherme Boulos (PSOL) na fase final da eleição.
Enquanto persistem as especulações sobre as políticas de interesse de Malafaia, suas declarações deixam claro que ele pretende permanecer como uma voz influente no cenário conservador, mas fora da corrida eleitoral. As respostas de Bolsonaro e outros políticos, especialmente em um momento de tensão interna entre aliados, poderão moldar a trajetória futura do pastor e seu papel na política brasileira.
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*Com informações Metrópoles
