A decisão final sobre o retorno do horário de verão será anunciada pelo governo nesta quarta-feira (16), em meio à crise energética causada pela pior seca dos últimos 75 anos. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, agendou uma coletiva para as 13h30, onde abordará a possível reintrodução da medida como parte dos esforços para reduzir a pressão sobre o sistema elétrico nacional.
Nas últimas semanas, o tema tem gerado debates em diversos setores da economia. O estudo apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reforça a ideia de que a volta do horário de verão poderia aliviar a demanda por energia no horário de pico, resultando em uma economia de até R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro. Contudo, o ministro sinalizou cautela sobre a necessidade imediata da implementação.
Além do impacto econômico, a proposta enfrenta resistência de setores como o aéreo. Representantes das companhias aéreas alertaram sobre possíveis complicações nos voos já programados, pedindo um período de transição maior para a adaptação ao novo horário.
Caso o retorno seja aprovado, o prazo para sua aplicação seria curto, com a expectativa de que a mudança nos relógios ocorra até o início de novembro, mês que demanda mais energia elétrica. A medida continua dividindo a população, com opiniões polarizadas entre os que defendem os benefícios econômicos e os que criticam os transtornos para o dia a dia.
O horário de verão, que vigorava até 2019, antes de ser extinto no governo Bolsonaro, era aplicado em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal. Agora, resta saber se, em meio à maior crise hídrica das últimas décadas, a medida voltará a fazer parte da rotina dos brasileiros ainda este ano.
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*Com informações Metrópoles