Quinta, 21 de Novembro de 2024
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Ganhador do Nobel de economia critica influência da China nos BRICS e a postura de Lula

Economista alerta para risco de submissão aos interesses chineses e russos dentro do bloco

16/10/2024 às 09h13
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Recentemente, o economista turco Daron Acemoglu, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, expressou suas preocupações sobre a crescente influência da China nos BRICS, um bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em uma entrevista à revista Veja, Acemoglu ressaltou a importância de os países em desenvolvimento buscarem uma voz independente, longe da hegemonia chinesa e norte-americana.

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Acemoglu, que no passado elogiou as políticas sociais do governo Lula, como o Bolsa Família, agora critica a abordagem atual do presidente na política externa. Para ele, o Brasil deve focar na criação de empregos e no crescimento sustentável, em vez de depender excessivamente de potências externas.

O economista apontou que o BRICS enfrenta um desafio significativo: libertar-se da predominância dos interesses chineses e russos. Ele alertou que, se não houver um esforço deliberado para manter a autonomia, o bloco pode se tornar um “cliente” desses países, perdendo a capacidade de agir de forma independente e efetiva.

Acemoglu sugere que países como Lula, Índia e Indonésia têm um potencial significativo para influenciar o comércio global, a tecnologia e a inteligência artificial. Ele argumenta que essas nações devem se unir para garantir um impacto positivo e equilibrado no desenvolvimento de tecnologias emergentes, evitando uma postura subserviente em relação às potências dominantes.

Para transcender a atual bipolaridade econômica mundial, o economista conclui que o BRICS precisa adotar um papel mais proativo e menos submisso aos interesses externos. Essa transformação requer a implementação de políticas que promovam inovação, independência tecnológica e fortalecimento das economias locais. Segundo Acemoglu, essa estratégia não apenas beneficiaria os países em desenvolvimento, mas também contribuiria para um sistema econômico global mais justo e equitativo.

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*Com informações Terra Brasil

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