Após um breve período de esperança, o governo do presidente Lula (PT) enfrenta uma nova onda de desaprovação, com 46% dos brasileiros avaliando sua gestão de forma negativa em outubro de 2024. Esse aumento no descontentamento é alarmante, especialmente considerando que em julho a desaprovação havia recuado para 43%, demonstrando a fragilidade da confiança dos eleitores no governo.
Os dados da pesquisa do instituto PoderData, realizada entre 12 e 14 de outubro com 2.500 entrevistados, revelam uma divisão preocupante na percepção dos brasileiros sobre o desempenho do presidente. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%. Em janeiro de 2023, Lula começava seu mandato com 52% de aprovação, mas esse cenário se deteriorou drasticamente, refletindo a insatisfação popular.
Entre os segmentos da população, a desaprovação é mais acentuada entre os que têm educação superior (54%) e os que recebem mais de cinco salários mínimos (53%). Os homens desaprovam Lula em maior número (52%) em comparação às mulheres, que apresentam uma leve aprovação de 51%. Isso levanta questões sobre como as políticas do governo têm sido percebidas entre diferentes grupos demográficos.
Regionalmente, o cenário é ainda mais alarmante. Embora a aprovação se mantenha constante no Nordeste (53%), as regiões Centro-Oeste e Sul mostram níveis alarmantes de desaprovação, com 55% e 54%, respectivamente. Esses dados sinalizam um descontentamento crescente em áreas que tradicionalmente apoiaram o governo, indicando um possível desvio nas expectativas.
A divisão religiosa também destaca a polarização nas opiniões. Enquanto os católicos ainda aprovam o governo em 55%, os evangélicos apresentam um cenário oposto, com 60% desaprovando a gestão de Lula, um aumento significativo em relação ao início do mandato.
Quanto ao desempenho pessoal do presidente, a insatisfação se agrava. Apenas 30% dos entrevistados classificam seu trabalho como “ótimo/bom”, uma queda significativa em relação aos 43% registrados no início de 2023. Ao mesmo tempo, aqueles que consideram a administração “regular” saltaram de 14% para 35%, enquanto a porcentagem de entrevistados que avaliam o governo como “ruim/péssimo” diminuiu de 35% para 31%.
Esses números evidenciam um cenário complicado para o governo Lula, que se vê diante de um crescente descontentamento popular. O presidente precisa agir rapidamente para reverter essa tendência ou poderá enfrentar um colapso ainda maior na confiança pública em sua gestão. O Brasil aguarda respostas efetivas e soluções reais para as preocupações que dominam o cotidiano dos cidadãos.
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*Com informações Metrópoles
