As eleições municipais de 2024 representaram uma reviravolta significativa para partidos de esquerda em diversas cidades do Brasil. Um levantamento feito com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), constatou que, em 11 municípios onde PT, PSB, PDT e PV mantinham o domínio desde 2004, houve uma mudança surpreendente, com candidatos de centro desbancando as candidaturas tradicionais de esquerda.
Cidades como Cordisburgo (MG) e Alfredo Chaves (ES) são exemplos emblemáticos. Em Cordisburgo, o Partido dos Trabalhadores, que governava a cidade consecutivamente há cinco pleitos, viu sua influência desmoronar. O candidato lançado pela coligação de esquerda Brasil da Esperança obteve menos de 200 votos e terminou em terceiro lugar, enquanto o candidato do PSD saiu vencedor. Em Alfredo Chaves, onde o PSB era dominante, o PP conquistou a prefeitura.
A pesquisa mostra que, em oito dessas cidades, a esquerda ainda lançou candidatos próprios, mas foi derrotada nas urnas. Em Jeceaba (MG), a tradicional aliança entre PDT e PT, que vinha vencendo as eleições por quase duas décadas, também foi superada por um candidato do PSDB. Em duas outras cidades, os partidos de esquerda integraram coligações vencedoras, mas sem protagonismo.
O efeito não se restringe a apenas algumas regiões. Municípios de Minas Gerais, como Comercinho e Elói Mendes, também passaram a ter administrações de partidos de centro, com destaque para o Solidariedade e União Brasil. Em Surubim (PE) e Alagoinha do Piauí (PI), redutos onde o PT e o PSB sempre prevaleceram, os candidatos optaram por uma nova configuração política, com candidatos do União Brasil e PSD vencendo as eleições.
Esses resultados refletem um movimento mais amplo, demonstrando um desgaste na influência de partidos de esquerda que, por muitos anos, detiveram o comando em várias localidades. Neste segundo turno, realizado em 51 cidades, incluindo 15 capitais, o cenário foi decisivo para mais de 120 milhões de brasileiros, apontando para uma reorganização no panorama político nacional que pode definir novos rumores para as próximas eleições e disputas estaduais.
A vitória dos partidos de centro em redutos antes controlados pela esquerda revela não apenas uma mudança na preferência dos participantes, mas também questiona a capacidade de renovação e conexão dos partidos tradicionais de esquerda com suas bases. Essa perda de hegemonia indica uma possível reformulação do cenário político brasileiro, trazendo desafios e oportunidades para todos os espectros partidários em 2025.
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*Com informações Metrópoles
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