O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, foi intimado pela Polícia Federal (PF) para depor em uma investigação que busca esclarecer os envolvidos na tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro de 2023. A situação causou surpresa e revolta entre fiéis e apoiadores do religioso, que veem no chamado uma injustiça com um líder focado em atividades pastorais e sociais.
Em sua defesa, o advogado Miguel da Costa Carvalho Vidigal criticou duramente a decisão, classificando-a como uma sequência de "equívocos processuais" e afirmando que a inclusão do padre na investigação se baseia em alegações fictícias. O advogado destacou que José Eduardo nunca demonstrou intenção de romper com a ordem democrática e que a acusação de ser um “doutrinador” do suposto plano golpista é uma construção sem fundamento. Segundo Vidigal, o padre dedica-se exclusivamente à sua paróquia e à comunidade de Osasco, não possuindo conhecimentos jurídicos que o colocariam em posição de planejar qualquer ação antidemocrática.
A operação, que se estendeu a outros aliados e ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro, aponta o padre como parte de um “núcleo jurídico” relacionado ao planejamento golpista. No entanto, a defesa argumenta que essa suposição é insustentável e garantiu que o padre sempre esteve à disposição da Justiça. A Diocese de Osasco, que soube da situação pela imprensa, também se colocou à disposição das autoridades para esclarecer o caso, aguardando a apuração dos fatos com serenidade.
A intimação ao padre José Eduardo é vista por muitos como um exemplo preocupante de rigor excessivo contra cidadãos comuns, levantando questionamentos sobre o direcionamento das investigações e a necessidade de evitar generalizações que prejudiquem pessoas de bem sem provas concretas.
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*Com informações Metrópoles