Segunda, 30 de Junho de 2025

Gleisi Hoffmann chama alta dos juros de “terrorismo de mercado” e acusa Copom de chantagem

Presidente do PT critica decisão unânime do Banco Central e aponta sabotagem à economia

07/11/2024 às 10h51
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, não poupou palavras ao criticar a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que anunciou uma nova alta de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 11,25% ao ano. Em sua manifestação, Gleisi acusou o Copom de praticar “puro terrorismo de mercado” e de fazer “chantagem” contra o governo, ao sugerir que medidas fiscais seriam necessárias para garantir o equilíbrio da economia.

Em uma publicação no X (ex-Twitter) nesta quinta-feira (7), Gleisi se referiu ao comunicado divulgado pelo BC, no qual os diretores do comitê defendem "mudanças estruturais" no orçamento para garantir o controle das despesas e o equilíbrio fiscal. Ela reagiu duramente: "Uma indecência usar esse tipo de chantagem, ameaçando até com disparada do câmbio, para tentar impedir o governo de investir no crescimento e executar as políticas que atendem o povo", escreveu.

A decisão do Copom, que contou com a votação unânime dos nove membros do colegiado, elevou a Selic para o nível de 11,25%, refletindo a busca pela contenção da inflação. Gleisi também destacou que a medida vai contra os interesses da população, que enfrenta juros elevados. A crítica é ainda mais forte considerando que quatro dos membros do Copom foram indicados pelo presidente Lula, incluindo Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, que substituirá Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central a partir de 2025.

No comunicado, o Copom argumenta que ajustes estruturais são necessários no orçamento fiscal para que as expectativas de inflação sejam ancoradas e a meta de controle de preços, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), seja atingida. A meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma variação de até 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o que permite uma margem entre 1,5% e 4,5% para a inflação anual.

Enquanto o governo trabalha em um pacote de cortes para equilibrar as finanças, a presidente do PT vê na alta dos juros uma tentativa de boicote às políticas de crescimento e investimento social, afirmando que o Copom está agindo de forma prejudicial à economia e ao desenvolvimento do país.

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*Com informações Metrópoles

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