A expectativa pela divulgação das novas medidas de revisão de gastos no orçamento da União segue elevado nesta sexta-feira (8), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reunindo-se com ministros às 14h, no Palácio do Planalto, para alinhar os últimos detalhes. Aí vem pressão de todos os lados: enquanto o mercado financeiro exige cortes significativos, a esquerda, representados pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo senador Paulo Paim (RS), manifestam forte oposição.
Gleisi utilizou as redes sociais para criticar as possíveis mudanças que afetariam trabalhadores e aposentados, descrevendo-as como um sacrifício injusto diante dos "juros estratosféricos" estabelecidos pelo Banco Central. Paim reforçou a indignação: “Cortar investimentos em programas sociais e diminuir a política do salário mínimo representa um retrocesso aos trabalhadores e aposentados”, declarou.
Além disso, a falta de envolvimento dos partidos de base governamental na formulação das propostas gerou descontentamento no Congresso, que reivindica participação ativa no debate. Segundo rumores do mercado, o corte esperado estaria entre R$ 10 e R$ 15 bilhões nas áreas de saúde e transporte. No entanto, o Ministério da Fazenda rapidamente rebateu as especulações, afirmando que tais informações “não são específicas ao que vem sendo debatido”.
A pressão do mercado continua, com analistas indicando que um corte de, pelo menos, R$ 20 bilhões seria necessário para impactar positivamente as contas públicas. A expectativa é de que o governo envie as medidas ao Congresso na forma de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e de um PLP (Projeto de Lei Complementar), vislumbrando aprovação no primeiro semestre de 2025.
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*Com informações Metrópoles
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