Segunda, 02 de Dezembro de 2024
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Carrefour recua e tenta contornar boicote após polêmica declaração sobre carne do Mercosul

Após protestos e críticas do Congresso Nacional, CEO francês tenta suavizar declarações que geraram tensão com produtores brasileiros

26/11/2024 às 08h56
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O Carrefour está tentando encerrar o incêndio causado por uma declaração polêmica do seu CEO, Alexandre Bompard, que comprometeu a relação com os produtores brasileiros de carne ao anunciar que deixaria de comprar proteínas oriundas do Mercosul. O comunicado divulgado nesta terça-feira busca restaurar a imagem do grupo, que foi alvo de um poderoso boicote por parte de empresários e parlamentares brasileiros.

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Na última semana, Bompard gerou revolta ao declarar apoio à agricultura francesa em detrimento do setor agrícola sul-americano, especialmente em relação ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O anúncio foi visto como um golpe contra os produtores brasileiros, levando o presidente da Câmara, Arthur Lira, a criticar duramente o protecionismo europeu. Lira anunciou que o Congresso tomará medidas para combater as atitudes de Paris e a retratação do CEO.

Em resposta, o Carrefour divulgou uma nota esclarecendo que, em nenhum momento, houve oposição entre a agricultura francesa e a brasileira. A empresa destacou que “tem orgulho de ser o primeiro parceiro e promotor histórico da agricultura brasileira”, reforçando que continua comprando quase toda a carne brasileira do Brasil e continuará a fazer isso. Uma nota ainda afirmou que a decisão do Carrefour França não visa alterar as regras do mercado francês, já consolidadas com suas cadeias de abastecimento locais, mas sim garantir a sustentabilidade do apoio à agricultura francesa, que enfrenta uma crise grave.

Apesar dos esforços para minimizar os danos, a crise gerada pela declaração ainda não foi resolvida. A ocorrência negativa de políticas e produtores no Brasil indica que o episódio pode ter consequências para o Carrefour, que tem 50 anos de história no país e desempenha papel fundamental no mercado agrícola brasileiro. A pressão para que a empresa reforce sua parceria com o Brasil e evite novos conflitos com produtores locais só tende a crescer.

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