Terça, 09 de Setembro de 2025
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STF inicia julgamento decisivo sobre suspeita de Moraes no caso do golpe de 2022

olsonaro tenta afastar ministro acusado de ser “juiz e vítima” do inquérito

06/12/2024 às 09h34
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta sexta-feira (6/12) a julgar a ação movida pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que busca afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado no final de 2022. O julgamento ocorre no Plenário Virtual da Primeira Turma da Corte e deve se estender até o próximo dia 13.

Argumento de Bolsonaro: “juiz e vítima”

Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal em novembro por seu suposto papel de articulador da trama golpista, alegou que Moraes estaria impedido de atuar no caso por ser simultaneamente juiz e vítima. A defesa do ex-presidente argumenta que o ministro foi um dos alvos dos planos de sequestro e atribuições ao grupo golpista.

O inquérito conduzido por Moraes envolve graves acusações, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Apesar das tentativas de afastar o relator, o clima no Supremo é desfavorável ao ex-presidente.

Plenário Virtual decide

O julgamento ocorre de forma virtual, com os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes apresentando seus votos no sistema eletrônico até 13 de dezembro. Não há debates orais, e a decisão pode ser adiada caso algum magistrado peça mais tempo para analisar o caso.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já havia indicado que o caso deveria permanecer sob a relatoria de Moraes e no âmbito da Primeira Turma, reforçando a autonomia do colegiado. “A competência é deles, não do presidente”, afirmou Barroso.

O próximo passo

Se a suspeita de Moraes for rejeitada, o ministro seguirá na relatoria e decidirá sobre o avanço do processo. Ele já encaminhou o relatório da Polícia Federal, que retoma a apuração do caso, à Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisará os acusados ​​e emitirá um parecer. Após isso, Moraes decidiu que os indiciados se tornariam réus e que o processo continuaria na Justiça. Esse movimento será crucial para os desdobramentos do caso e para o futuro político de Bolsonaro, com implicações significativas para o governo e para a estabilidade de Bolsonaro.

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*Com informações Metrópoles

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