Quarta, 18 de Dezembro de 2024
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Seita de Lúcifer enfrentou resistência em Gravataí: Prefeitura impede reunião de santuário e guerra judicial começa

Líderes da Nova Ordem de Lúcifer tentam reverter liminar e garantir espaço para cultos; governo alega insegurança e falta de regularização

17/12/2024 às 11h37
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A cidade de Gravataí (RS) se tornou o palco de um debate jurídico e religioso envolvendo a seita satanista Nova Ordem de Lúcifer na Terra (Nolt) e a prefeitura local. O confronto começou após a tentativa do grupo de inauguração de um santuário dedicado a Lúcifer, com uma imponente estátua de cinco metros do demônio. Contudo, a iniciativa foi suspensa pela administração municipal, que obteve uma liminar para impedir a realização do culto, gerando uma guerra judicial.

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Os líderes da Nolt, Tata Hélio De Astaroth e Mestre Lukas, postaram um vídeo em suas redes sociais, com quase 10 mil seguidores no Instagram, onde expressaram sua indignação pela suspensão do evento. Em um dos vídeos, os fundadores afirmam que a abertura foi impedida devido à "intolerância religiosa". A decisão foi tomada pela 4ª Vara Cível Especializada na Fazenda Pública de Gravataí, que atendeu ao pedido da prefeitura.

O grupo, formado por cerca de 100 pessoas, realiza rituais em uma propriedade privada de cinco hectares, localizada fora da área urbana, com localização exata mantida em sigilo por questões de segurança. A Prefeitura de Gravataí justifica a interdição do local, alegando que a seita não possui o alvará de funcionamento nem o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) regularizado. Além disso, a administração municipal informa a insegurança gerada pela grande repercussão do caso.

A medida judicial impede a realização do evento de manifestação e determina a interdição do local até que a regularização administrativa seja feita, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Enquanto o imbróglio segue na Justiça, os líderes da Nolt mantêm sua postura de resistência, defendendo seu direito de praticar o culto e criticando as ações do governo local, que consideram uma violação de seus direitos religiosos. O estágio dessa disputa ainda está em aberto, com uma batalha que pode estabelecer precedentemente no campo das liberdades religiosas no Brasil.

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*Com informações Metrópoles

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