A celebração do terceiro aniversário do terreiro Ogum Megê e Oxum no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Vacaria (RS), desencadeou uma onda de indignação entre fiéis católicos. Imagens de rituais realizados no espaço, inicialmente alugado apenas para fins sociais, viralizaram nas redes sociais, intensificando o descontentamento.
O pároco frei Protásio Ferronato afirmou que o acordo para o uso do salão previa apenas atividades sociais, vedando práticas religiosas. Ele se desculpou pelo incidente, atribuindo o ocorrido a uma "falta de clareza na comunicação". Em carta aberta, assinada também pelo bispo da Diocese de Vacaria, o frei reiterou que a igreja não se tornou um terreiro e defendeu o aluguel como um gesto de fraternidade e diálogo inter-religioso.
A controvérsia ganhou força com declarações de frei Protásio, que classificou as críticas como reflexo do “conservadorismo radical” e comparou os detratores a grupos "farisaicos" com "pedras nas mãos".
Por outro lado, pai Rodrigo de Ogum Megê e sua esposa, Marcele, garantem que a locação foi feita em conformidade com a lei, com contrato formal e registro dos valores. Eles reforçaram que sempre agiram com respeito e transparência.
O caso expôs tensões religiosas e levantou questões sobre o limite do diálogo inter-religioso e a preservação de tradições. A repercussão acirra debates entre defensores da abertura e críticos que cobram maior rigor na proteção dos espaços católicos.
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*Com informações UOL