O Brasil volta a ser destaque global pelas razões erradas: caiu três posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, marcando a pior nota e colocação desde o início da série histórica, em 2012. Com apenas 34 pontos em uma escala de 0 a 100, o país ocupa a 107ª posição entre 180 nações, ficando abaixo da média mundial (43) e da média das Américas (42).
O relatório da Transparência Internacional aponta que o governo Lula (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) contribuíram diretamente para o retrocesso. Entre os fatores estão o silêncio do presidente sobre pautas anticorrupção, falta de transparência no Novo PAC, ingerência política crescente na Petrobras e reiteradas negativas a pedidos de acesso a informações públicas.
Além disso, o relatório destaca a persistência de esquemas de corrupção em órgãos como o DNOCS, envolvendo o Centrão e desvios de emendas parlamentares, e o arquivamento em série de casos de macrocorrupção pelo STF, devido à anulação de provas do acordo de leniência do Grupo Odebrecht.
A Transparência Internacional foi contundente ao afirmar que o crime organizado começa a capturar o Estado brasileiro, o que reflete o agravamento da percepção de corrupção. “Em 2024, o Brasil falhou, mais uma vez, em reverter a trajetória dos últimos anos de desmonte da luta contra a corrupção. Estamos entrando em um estágio avançado desse processo, com a presença cada vez mais explícita do crime organizado nas instituições estatais”, alertou a entidade.
O contraste com outros países das Américas é evidente. O Uruguai lidera a região com 76 pontos e ocupa a 13ª posição mundial, enquanto Dinamarca, Finlândia e Singapura figuram no topo do ranking global com as melhores notas. Já na ponta oposta, Venezuela, Somália e Sudão do Sul registram os piores desempenhos, com pontuações que variam de 8 a 10.
A queda do Brasil no ranking reacende o debate sobre o enfraquecimento da luta contra a corrupção e lança um alerta para o futuro político e econômico do país.
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*Com informações Pleno News
