O deputado federal Vander Loubet (PT) intensifica os movimentos para reassumir a presidência do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, mirando uma articulação que pode levá-lo ao Senado em 2026. A estratégia, no entanto, provoca divisões internas e expõe o confronto de visões entre as políticas moderadas e radicais do partido.
Em recentes declarações, Vander tem destacado a importância de liderar o partido para fortalecer o diálogo político no estado. “O objetivo é negociar de igual para igual e garantir que o PT tenha protagonismo”, declarou em vídeo divulgado nas redes sociais. Ele defende que, com a presidência, terá mais condições de pavimentar a sua candidatura ao Senado, mesmo cogitando alianças que contrariam setores mais tradicionais do PT, como o apoio à reeleição de Eduardo Riedel (PSDB).
A proposta de Vander, que inclui a possibilidade de o PT não lançar candidato próprio no Mato Grosso do Sul, gerou atritos. Lideranças como Humberto Amaducci, vice-presidente estadual do partido, e Vladimir Ferreira, atual presidente, estão na linha de frente das críticas. Ambos defendem um distanciamento da gestão de Riedel e a restrição do partido para priorizar candidaturas independentes em 2024.
Paralelamente, a articulação do deputado conta com apoio estratégico do ex-governador Zeca do PT, seu tio e aliado de longa data. Juntos, eles acumularam decisões históricas controversas, como a tentativa de barrar a candidatura de Camila Jara à Prefeitura de Campo Grande. O episódio evidencia a preferência da dupla por alianças pragmáticas, mesmo que isso signifique abrir mão de lideranças internacionais.
Com o PT em processo de reconfiguração no estado, a disputa pela presidência promete antecipar os debates sobre o papel do partido nas eleições de 2026. Enquanto setores defendem a candidatura de Vander como forma de fortalecer a bancada federal e o Senado, outros avaliam que o partido não deve ceder espaço para alianças com legendas adversárias.
Mesmo diante das resistências, Vander aposta no alinhamento com o diretório nacional e sem apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avançar em seu projeto político. O desafio, no entanto, será unificar o partido em um cenário de divergências cada vez mais evidentes.
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*Com informações Investiga MS