Terça, 01 de Julho de 2025

Empresários de MS apostam na Rota Bioceânica para impulsionar investimentos e expansão econômica

Da agricultura ao turismo, empreendedores de Campo Grande a Porto Murtinho se preparam para aproveitar o potencial da rota que conecta o Brasil ao Oceano Pacífico

17/02/2025 às 10h10
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Saul Schramm
Foto: Saul Schramm

Com as obras da Rota Bioceânica ganhando força e a previsão de conclusão da ponte binacional entre Porto Murtinho e o Paraguai no primeiro semestre de 2026, os empresários de Mato Grosso do Sul estão cada vez mais otimistas quanto às novas oportunidades que surgirão com a chegada dessa importante via de exportações e circulação de turistas.

A Rota Bioceânica, que corta o estado, vai ligar o Brasil ao Paraguai, Argentina e Chile, encurtando o caminho até o Oceano Pacífico. Esse corredor estratégico, que passa por cidades como Sidrolândia, Nioaque, Jardim, e Porto Murtinho, é visto como uma promessa de crescimento econômico para os empreendedores da região, que já inicialmente se prepara para aproveitar o aumento no fluxo de turistas e exportações.

Israel Pereira Vieira, produtor rural em Sidrolândia, transformou sua fazenda em um destino de ecoturismo, oferecendo trilhas e visitas às cachoeiras da região. Com o avanço da Rota, ele espera atrair mais turistas e expandir os seus negócios, incluindo a abertura de um restaurante e um camping. "Acredito que com a rota, nosso movimento vai aumentar. A expectativa é muito boa", afirma.

Em Jardim, no coração do corredor, empresários como Alberto Galassi Duarte e Zadrick Mendonça veem a Rota Bioceânica como um motor para o crescimento de suas empresas. Duarte, fundador da Galassi Nutrição Animal, espera que a rota facilite a exportação de seus produtos, enquanto Mendonça, com sua startup de reciclagem de óleo, acredita que a rota traz novas oportunidades de negócios sustentáveis. “Agora viramos o centro para exportações e seremos protagonistas”, diz Zadrick.

Em Porto Murtinho, cidade que será porta de entrada para o mercado internacional, o impacto da Rota Bioceânica também é sentido por empreendedores como Bruna Coelho, que levou sua linha de pijamas ao mercado chileno, e Neodi Vicari, que expandiu seus negócios com um restaurante e estacionamento de carga. Para Bruna, a Rota abre um horizonte promissor para sua produção e para o turismo local, enquanto Neodi aposta na infraestrutura para transportar o aumento do tráfego de mercadorias.

Além disso, a agência de turismo de Annice Diaz, especializada em roteiros para turistas sul-americanos, já está aproveitando o fluxo crescente de visitantes, oferecendo pacotes para diversos destinos do estado, como Bonito e Porto Murtinho. "A Rota vai ser uma grande oportunidade. Porto Murtinho tem muito potencial", conclui Annice.

Com a obra da ponte binacional em andamento e o impacto de novas infraestruturas, como o centro aduaneiro e o elevado acesso à ponte, os empresários de Mato Grosso do Sul estão prontos para colher os frutos dessa transformação econômica. Para muitos, a Rota Bioceânica é a chave para um futuro mais próspero e dinâmico.

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