A Delegacia-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (DGPC/MS) instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para analisar quase 6.000 boletins de ocorrência registrados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande. Os casos em questão não resultaram na abertura de procedimentos ou possuem disposições pendentes, comprometendo a celeridade e a eficiência no atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.
Com as atividades técnicas na Acadepol/MS, o grupo irá revisar boletins represados devido a dificuldades como localização de vítimas e autores, desistência de representação ou ausência de provas. A busca por iniciativa promove maior eficiência na apuração de crimes contra a mulher, ajustando fluxos de trabalho e garantindo respostas mais rápidas às denúncias.
O delegado-geral Lupérsio Degerone Lúcio destacou o compromisso da Polícia Civil com o aprimoramento do atendimento às vítimas. “Queremos oferecer um serviço de excelência, com a celeridade e a sensibilidade que esses casos sejam desativados”, afirmou.
O mutirão, que terá 90 dias para apresentação de resultados, será coordenado pelo delegado-geral adjunto, Márcio Custódio, e pela delegada Maria de Lourdes Cano. A equipe técnica inclui 13 delegados e outros profissionais, que realizaram análises planejadas, proporcionaram melhorias nos protocolos existentes e identificaram casos que necessitavam de reavaliação.
A DEAM de Campo Grande, em 10 anos de atuação na Casa da Mulher Brasileira, já registrou quase 80 mil boletins de ocorrência e garantiu a identificação e prisão de praticamente todos os autores de feminicídio na capital naquele período. A criação do GT, formalizada em portaria publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (20), reforça o compromisso com a proteção e a justiça para as mulheres vítimas de violência.
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