Em meio a uma conjuntura política marcada pela luta pela sobrevivência partidária, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), assume protagonismo nas articulações para uma possível fusão entre o PSDB e o Podemos. Nesta quinta-feira (20), Riedel se reúne com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, para discutir a união estratégica das siglas, que enfrenta a ameaça da cláusula de barreira.
Com a queda no número de deputados e a consequente perda de tempo de propaganda e recursos do fundo partidário, o Podemos busca alternativas para manter sua relevância no cenário político. A fusão com o PSDB é vista como uma saída promissora. Juntas, as siglas somariam R$ 381,1 milhões em recursos do fundo eleitoral e alcançariam o quinto lugar em arrecadação do fundo partidário, ultrapassando legendas como Republicanos e MDB.
Além disso, a aliança eleva o número de prefeituras sob controle conjunto das siglas para 401, colocando-as na sétima posição nacional. Esses números tornam a proposta atraente para ambos os lados, especialmente em um momento em que uma hegemonia política das legendas está ameaçada.
Renata Abreu aposta no apoio de Riedel, que governa o único estado onde o Podemos ainda mantém força política significativa. A liderança da senadora Soraya Thronicke no estado também reforça a importância estratégica de Mato Grosso do Sul nas negociações.
Embora o PSD tenha sido apontado como um dos principais alvos para fusão com o PSDB, divergências internas no partido tucano abriram espaço para o avanço das tratativas com o Podemos. O encontro desta quinta-feira pode ser decisivo para selar a união entre as siglas, permitindo que ambos respirem politicamente e evitem a extinção iminente.
A discussão sobre a fusão ganha ainda mais relevância diante das eleições legislativas de 2024, quando a força e a representatividade das legendas serão postadas à prova.
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*Com informações Investiga MS