Terça, 01 de Julho de 2025

Mães atípicas lutam por direitos enquanto Prefeitura de Campo Grande cria Programa de Fraldas Descartáveis

Novo programa visa atender a pacientes com necessidades contínuas, mas mães ainda enfrentam descumprimento de decisões judiciais e falta de suporte efetivo

24/02/2025 às 09h50
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Na busca por oferecer um serviço essencial à saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande publicou nesta segunda-feira (24), no Diogrande, uma resolução que inaugura o Programa de Dispensação de Fraldas Descartáveis. A nova política destina-se a cidadãos que expressam o item de forma contínua devido a condições de saúde, considerando que a ausência de fraldas pode agravar problemas já existentes.

A medida define um conjunto de critérios para que os beneficiários tenham acesso ao programa. Entre as exigências, estão a comprovação de residência em Campo Grande, o cadastro na Unidade de Saúde da Família (USF), a posse de um Cartão Nacional de Saúde atualizado e a realização de uma avaliação médica detalhada. Os pacientes serão analisados ​​por meio de critérios que abrangem o grau de dependência, o estado neurológico, o controle de evacuação e de diurese. Para crianças de 0 a 6 meses, a distribuição é limitada a seis fraldas por dia, com a quantidade mensal ajustada conforme a avaliação.

Apesar da iniciativa, o lançamento do programa não apagou um histórico de conflitos. Há anos, mães atípicas vêm denunciando a ineficiência do município em cumprir decisões judiciais que obrigam a Prefeitura a fornecer entregas adicionais. Recentemente, durante a abertura do ano legislativo na Câmara de Vereadores, um grupo dessas mães tentou manifestar sua insatisfação com faixas e cartazes, mas foi impedido de entrar na Casa de Leis.

Em meio a esse cenário, a prefeita Adriane Lopes afirmou que a questão está sendo levada para uma discussão mais ampla, envolvendo os três níveis de governo – federal, estadual e municipal – para garantir uma resposta integrada e eficaz à demanda. “Precisamos que todos os entes federados estejam mobilizados para garantir esse direito fundamental à saúde”, declarou.

Embora uma nova resolução represente um avanço formal na política de saúde de Campo Grande, uma transformação prática da medida dependerá da capacidade de implementação do programa de forma efetiva. As mães atípicas, que há tempos lutam por respostas concretas, seguem vigilantes, esperando que o compromisso reforçado hoje se converta em ações que atendam de forma plena as necessidades dos cidadãos mais públicos.

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*Com informações Midiamax

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