Terça, 01 de Julho de 2025

Câmara de Campo Grande deve prorrogar pela segunda vez prazo para análise da CPI do Consórcio Guaicurus

Vereadores aguardam parecer jurídico para decidir se apoiam investigações que podem incluir a Prefeitura e ampliar escopo da CPI sobre transporte público

10/03/2025 às 11h02
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Câmara Municipal de Campo Grande está prestes a prorrogar, pela segunda vez, o prazo para que a Procuradoria Geral da Casa emita um parecer sobre o requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Consórcio Guaicurus. O documento, que deveria ter sido apresentado em março, ainda não está pronto, conforme informou o procurador Gustavo Lazzari.

O requerimento da CPI foi protocolado em fevereiro, com um prazo inicial de cinco dias úteis para que a Procuradoria se manifestasse. No entanto, devido à complexidade do caso, o presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB), prorrogou o prazo por mais dez dias, prazo que expira nesta segunda-feira (10). Lazzari, no entanto, declarou que o parecer ainda está em andamento, e que a Procuradoria está considerando pedir mais tempo para concluir a análise.

A situação se complica ainda mais devido ao envolvimento do procurador com o Consórcio Guaicurus, que, por meio de seu escritório de advocacia, atua em processos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Lazzari afirmou que ainda está avaliando se haverá a necessidade de uma declaração de suspeição para continuar com o caso.

Enquanto a Procuradoria não finaliza o parecer, a pressão cresce, principalmente entre os vereadores. Cerca de 16 parlamentares ainda não assinaram o requerimento da CPI, e muitos afirmam que precisam do parecer jurídico para tomar uma decisão sobre o apoio à investigação.

Além disso, uma nova proposta de requerimento está em vias de ser protocolada na Câmara, com um novo foco: a inclusão da Prefeitura de Campo Grande nas investigações sobre o transporte coletivo. O vereador Dr. Lívio (UNIÃO), presidente da Comissão de Transporte e Trânsito, é o autor do novo texto, que visa analisar também o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) firmado entre a Prefeitura e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para melhorar o sistema de transporte público.

Lívio, que critica a exclusão da Prefeitura da investigação inicial, defende que todos os envolvidos na má qualidade do transporte coletivo sejam responsabilizados. “Se não incluirmos a Prefeitura, corremos o risco de a CPI não ter o efeito desejado. Precisamos identificar e responsabilizar todos os responsáveis pela situação atual”, afirmou.

Enquanto o parecer da Procuradoria não sai, o cenário político e institucional continua tenso, com a expectativa de que a CPI possa, finalmente, ganhar corpo e avançar em suas investigações sobre um dos setores mais criticados pela população de Campo Grande.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais. 

*Com informações Midiamax

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários