Em um movimento que aprofunda a percepção de perseguição política, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, manteve a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, ignorando os argumentos apresentados pelas defesas. A manifestação, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), insiste na narrativa de uma trama golpista, rejeitando pedidos de anulação de delação premiada e questionamentos sobre a competência da Corte.
Gonet, em sua manifestação, demonstra um claro viés acusatório, desconsiderando as alegações das defesas e reforçando a tese de que Bolsonaro e seus aliados teriam agido para se manter no poder de forma ilegal. A insistência na denúncia, mesmo diante dos questionamentos apresentados, levanta dúvidas sobre a imparcialidade da PGR e a lisura do processo.
Um dos pontos centrais da defesa, o pedido de anulação do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi sumariamente rejeitado. Gonet argumenta que não há fatos novos que justifiquem a alteração do entendimento anterior, ignorando as alegações de que o acordo teria sido firmado sob pressão e sem a devida assistência jurídica.
Outro ponto crucial, a alegação de incompetência do STF para julgar o caso, também foi descartada pela PGR. Gonet argumenta que a prerrogativa de foro se mantém mesmo após o afastamento do cargo, ignorando o fato de que as investigações e a denúncia foram iniciadas após o término do mandato de Bolsonaro.
A defesa também questionou a parcialidade do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, alegando que ele teria sido alvo de monitoramento e plano de assassinato por parte dos investigados. No entanto, Gonet alega que a arguição de suspeição não atendeu o regimento interno do STF e que o plenário da Corte já havia negado alegação semelhante anteriormente.
A insistência da PGR em manter a denúncia, mesmo diante dos questionamentos e alegações da defesa, reforça a percepção de que o processo tem um viés político. A narrativa de uma trama golpista, sem provas robustas e com base em delações controversas, levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade da Justiça e o respeito aos princípios democráticos.
A decisão final sobre o recebimento da denúncia caberá à 1ª Turma do STF. No entanto, a manifestação da PGR já indica um caminho preocupante, onde a perseguição política parece se sobrepor à busca pela verdade e à garantia dos direitos individuais.
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*Com informações Metrópoles