Quinta, 13 de Março de 2025

Vereador denuncia banheiros sem gênero na UFMS e cita caso de assédio: “Ataque às mulheres”

Rafael Tavares critica iniciativa experimental e cobra posicionamento da reitoria após caso de professor condenado por estupro

13/03/2025 às 13h32
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Marcos Rocha
Foto: Marcos Rocha

O vereador Rafael Tavares (PL) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira (13) para criticar a iniciativa experimental da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de implementar banheiros sem identificação de gênero. O parlamentar classificou a medida como um "ataque às mulheres" e citou um caso de assédio ocorrido em 2022 para embasar suas críticas.

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A iniciativa da UFMS, que permite o uso de banheiros unissex no prédio Multiuso 1 durante o Simpósio Internacional de Ciência Inclusiva em Biodiversidade (BioDiverCi), foi duramente criticada por Tavares. Para o vereador, a medida coloca em risco a segurança das mulheres acadêmicas e docentes.

"A gente percebe que a Federal tem muitos problemas, enquanto fica preocupada com militância progressista, né? A gente entende que isso aí é um ataque às mulheres, colocando-as em perigo, na mesma semana em que tivemos um professor da universidade condenado por estupro de uma jovem", declarou Tavares.

O vereador anunciou que irá protocolar um pedido de esclarecimentos na reitoria da UFMS. Ele citou um caso ocorrido em 2022, quando uma aluna relatou ter sido filmada por um homem enquanto utilizava um banheiro neutro. O caso, divulgado na página Segredos UFMS, revelou que o suspeito utilizava um celular para filmar a vítima por baixo da porta do banheiro.

"Entrei, fechei a porta e, ao olhar para baixo, me deparei com uma mão masculina segurando um celular com a câmera em modo selfie, me vigiando", relatou a vítima na época.

Tavares criticou a falta de posicionamento da UFMS em relação ao caso de 2022 e cobrou medidas da instituição para garantir a segurança das mulheres. Ele também mencionou a recente condenação de um professor da UFMS por estupro, ressaltando a importância de a universidade priorizar a segurança e o bem-estar de seus alunos.

A UFMS afastou o professor de Biologia condenado por estupro e informou que instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a responsabilidade do servidor. A universidade também informou que revisou um ato administrativo de 2016, que havia decidido pela não apuração dos fatos na época.

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Após a condenação do professor, diversas mulheres relataram casos de assédio sofridos na UFMS, o que levou alunos a organizarem uma manifestação com o tema "Não se cale! Sem mais casos de assédio".

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*Com informações Midiamax

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