A proposta do governo Lula de recriar o imposto sindical, extinto em 2017, gerou uma forte reação de deputados e senadores da oposição, que prometem bloquear a tramitação do projeto no Congresso. Com a intenção de descontar um dia de trabalho dos trabalhadores com carteira assinada, a "contribuição sindical" foi anunciada como uma promessa do governo para agradar as centrais sindicais, mas encontrou resistência imediata.
A proposta, que será apresentada nas próximas semanas pelo deputado Luiz Gastão (PSD-CE), visa arrecadar cerca de 4 bilhões de reais por ano. Embora o governo mantenha seu envolvimento nas sombras, a chancela do Ministério do Trabalho antes da apresentação do projeto revela a verdadeira origem da proposta. "Nós vamos radicalizar, não vamos deixar esse projeto passar", afirmou o deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR), destacando que o novo imposto só serviria para financiar sindicatos e suas campanhas políticas.
Outros opositores, como o deputado Maurício Marcon (Pode-RS), também se mostraram firmes em barrar a proposta. "Essa contribuição sindical não vai passar, não tem voto", disse Marcon, acusando o governo de usar o imposto para financiar campanhas políticas à esquerda. No Senado, a reação foi igualmente contundente. "Isso representa mais um assalto ao bolso do trabalhador", disse o senador Sergio Moro (União-PR), enquanto a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que o Brasil não suporta mais um aumento de tributos em meio à crise.
A mobilização contra o imposto promete ser intensa, com a oposição unida na missão de impedir o retorno do tributo que, segundo eles, prejudica ainda mais o já combalido orçamento dos trabalhadores brasileiros.
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*Com informações Veja