
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) implementaram um pente-fino mais rigoroso no programa Bolsa Família, com o objetivo de economizar R$ 7,7 bilhões em 2025. O decreto, publicado na segunda-feira (24.mar), estabelece novas regras para os beneficiários unipessoais, ou seja, aqueles que não possuem dependentes. Agora, esse grupo só poderá ingressar no programa após realizar uma entrevista domiciliar para comprovar sua situação de vulnerabilidade, substituindo a simples autodeclaração anterior.
O governo também está elaborando uma regulamentação para intensificar a fiscalização dos unipessoais que já recebem o benefício. Essas mudanças visam aumentar o controle sobre as fraudes, um problema apontado por especialistas como concentrado neste grupo específico. Com 3,5 milhões de unipessoais no programa, o corte de 2,4 milhões desde o início do mandato de Lula já foi um reflexo das medidas para conter irregularidades. No entanto, a revisão de cadastros só se intensificou neste ano.
Além da economia de R$ 7,7 bilhões, que será alcançada por meio de uma maior eficiência no combate às fraudes, o governo descartou a programação do valor com realocações, mantendo o corte da palavra originalmente prevista. Segundo o ministro Dias, a ação é uma medida para garantir a eficiência do programa e continuar a superação da pobreza para milhões de brasileiros. As novas regras, no entanto, não afetarão indígenas, quilombolas ou pessoas em situação de rua.
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*Com informações Poder 360