Uma intimação judicial recebida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele ainda estava na UTI, após uma complexa cirurgia no intestino delgado, desencadeou uma nova onda de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, é vista por aliados do líder conservador como um ato de "desrespeito" à sua condição médica.
O episódio ocorreu no Hospital DF Star, em Brasília, quando uma oficial de Justiça entrou na UTI para coletar a assinatura de Bolsonaro. O ex-presidente, que segue em isolamento recomendado pelos médicos, teria expressado indignação ao descrever a situação como "inacreditável" a seus apoiadores.
A justificativa do STF para a ação foi a necessidade de manter o andamento do processo que envolve outros réus já citados, alegando que a participação recente de Bolsonaro em uma live comprovava sua capacidade de receber a intimação. No entanto, críticos argumentam que a medida desrespeitou o artigo 244 do Código de Processo Civil, que protege pacientes em estado grave de atos judiciais que não sejam absolutamente indispensáveis.
"É uma questão de humanidade e respeito. Havia margem para esperar sua alta hospitalar sem comprometer o processo", afirmou um parlamentar aliado do ex-presidente.
O caso também reacendeu tensões sobre o relacionamento conturbado entre Bolsonaro e o Judiciário, expondo a polarização que ainda domina o cenário político brasileiro. Para os críticos da decisão, a atitude do STF não só foi desnecessária, como também arriscou agravar o estado de saúde do ex-presidente em um momento delicado.
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*Com informações Veja