Em uma série de declarações contundentes, o pastor Silas Malafaia não poupou críticas ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, após sua polêmica entrevista ao jornal O Globo, onde defendeu que o episódio do 8 de janeiro de 2023 seria "imperdoável". Para Malafaia, quem comete um verdadeiro pecado, no entanto, é o próprio Barroso, que, segundo ele, violou princípios fundamentais da justiça ao pré-julgar casos em andamento, ao expor suas opiniões através da mídia, e ao pressionar a opinião pública em decisões que são exclusivas do Congresso Nacional.
"O que é imperdoável, Barroso, é ver você e seus colegas fazendo pré-julgamento por meio da imprensa. Isso é inadmissível em qualquer Suprema Corte do mundo!", disparou o pastor, acrescentando que o Supremo, ao agir dessa maneira, ultrapassa suas funções e interfere em questões que não são de sua competência, como a anistia para os acusados dos ataques de 8 de janeiro.
Malafaia também questionou a imparcialidade da mídia, acusando o grupo Globo de fazer parte de um "conluio" entre o STF, o governo Lula e a mídia, já que a cobertura jornalística só parece refletir vozes contrárias à anistia, sem ouvir aqueles que defendem a medida, como o jurista Ives Gandra e o professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho.
O pastor foi ainda mais enfático em sua crítica ao comportamento do STF, citando o episódio em que Barroso, ao ser questionado por um cidadão, teria respondido de forma desrespeitosa, chamando-o de "perdeu, mané". Para Malafaia, essa atitude revela um STF partidário e alinhado ao governo, algo que comprometeria a imagem da Corte e da Justiça no Brasil.
"Isso é um verdadeiro absurdo! Barroso e o STF estão se intrometendo onde não têm competência. O projeto da anistia é exclusivo do Congresso Nacional", afirmou Malafaia, reforçando que a atuação política do Judiciário tem prejudicado a democracia e a imparcialidade do sistema.
A crítica de Malafaia não parou por aí. O pastor também condenou o comportamento de Barroso em eventos sociais, como festas de aniversário de líderes partidários, sugerindo que esse tipo de "premiscuidade" entre o Judiciário e partidos políticos seria totalmente inaceitável em qualquer democracia sólida.
Em um clima de crescente tensão política, as declarações de Silas Malafaia colocam em evidência o crescente mal-estar entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, refletindo a polarização que marca a atual crise política do Brasil.
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