Um esquema de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) resultou no desvio de pelo menos R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, gerando um impasse no governo federal, que ainda não sabe como irá ressarcir os prejudicados. A fraude, revelada pela Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), desviava recursos por meio de descontos não autorizados para associações e sindicatos.
O esquema, que vinha ocorrendo há anos, permitiu que entidades vinculadas ao INSS descontassem valores dos benefícios de aposentados sem a devida autorização. Em muitos casos, os beneficiários sequer tinham relação com essas entidades.
De acordo com especialistas, embora as entidades sejam responsáveis pelo ressarcimento, o governo, por meio do INSS, deve assumir a devolução imediata dos recursos aos aposentados. Essa responsabilidade jurídica tem gerado forte pressão para que o governo encontre uma solução urgente, mas até agora não há definição sobre a origem do dinheiro necessário para cobrir o prejuízo.
A crise já levou à troca de comando no INSS, e há investigações sobre a conivência de servidores no esquema. Relatórios apontam negligência no controle dos convênios, que foram firmados sem análises técnicas ou fiscalização posterior.
A falta de respostas claras aumenta o descontentamento popular, enquanto milhões de aposentados aguardam ressarcimento. O caso, considerado um dos maiores escândalos recentes na Previdência Social, reforça a necessidade de maior rigor e transparência na gestão pública.
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*Com informações Gazeta do Povo