A aliança política entre a senadora Simone Tebet (MDB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não durou muito. Em apenas dois anos e quatro meses, ficou claro para a mídia e para analistas políticos que a figura de Tebet se transformou em um mero “fantoche” dentro do governo, sem a relevância que um cargo de tamanha projeção exigiria.
A sul-mato-grossense, que foi considerada uma esperança para o governo petista em busca de ampliar sua base de apoio, se vê à margem das decisões políticas mais importantes, enquanto a “trinca de ferro” de Lula — Rui Costa, Gleisi Hoffmann e, ocasionalmente, Fernando Haddad — domina as articulações no Planalto. Este núcleo tem se mostrado cada vez mais influente, deixando de lado as necessidades de outros aliados, como a própria Simone.
Em um governo que já enfrenta fragilidade interna, com um índice de aprovação que despencou, a presença de Tebet tem sido pouco mais que simbólica. Enquanto isso, as verdadeiras decisões de peso são tomadas pelas figuras mais próximas de Lula. A senadora, apesar das tentativas de alavancar sua imagem, insiste em manter sua fidelidade ao presidente, sem conseguir, no entanto, usufruir do poder político que muitos imaginaram que teria ao integrar o governo.
O cenário é, no mínimo, desconcertante para os eleitores que acreditavam que Tebet traria uma nova dinâmica à política nacional. Com um governo enfraquecido e uma aprovação popular que continua em queda, a questão que fica no ar é até quando Simone Tebet continuará a ser uma peça secundária no tabuleiro de Lula, ou se finalmente decidirá seguir um novo caminho, longe da sombra do presidente.
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*Com informações Top Mídia