O governo federal, por meio da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, anunciou nesta quinta-feira (8), em São Paulo, que utilizará dinheiro público para ressarcir aposentados e pensionistas prejudicados por descontos indevidos em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida será aplicada caso os valores recuperados pela Operação Sem Desconto não sejam suficientes para cobrir os prejuízos.
“O dinheiro que irá ressarcir é não só fruto da apreensão de bens, porque pode ser insuficiente. Se precisar, a União vai complementar. Nós iremos complementar, mas com dinheiro público”, afirmou Tebet durante entrevista.
O caso ganhou repercussão após uma série de reportagens que revelaram o esquema de descontos fraudulentos. As irregularidades levaram a um aumento de arrecadação das entidades envolvidas, alcançando R$ 2 bilhões em um ano, enquanto milhares de processos denunciavam fraudes nas filiações dos segurados.
A operação resultou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo Tebet, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou agilidade no processo, mas destacou a necessidade de responsabilidade ao restituir apenas quem foi efetivamente lesado.
O anúncio de Tebet ocorreu após o leilão da Rota da Celulose, que garantiu ao consórcio K&G Rota da Celulose a concessão de rodovias que conectam os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O contrato prevê R$ 10,1 bilhões em investimentos para modernizar a infraestrutura viária ao longo de 30 anos.
O evento contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), destacando a relevância da concessão para o desenvolvimento regional.
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*Com informações Metrópoles