Mato Grosso do Sul teve um aumento significativo no número de tremores de terra em 2025, passando de nove para 13 ocorrências em apenas um dia. O município de Sonora, a 360 km de Campo Grande, foi o epicentro de seis desses abalos consecutivos, começando na madrugada de ontem com um tremor de magnitude preliminar de 3.5 mR. Os outros eventos apresentaram magnitudes menores, entre 2.1 mR e 1.2 mR.
Apesar do número de tremores, não há relatos de que tenham sido sentidos pelos moradores da região, possivelmente por terem ocorrido em áreas rurais. Segundo a Rede Sismográfica Brasileira, abalos de baixa magnitude são comuns no Brasil e geralmente ocorrem devido à liberação de tensões acumuladas na crosta terrestre.
A alta frequência de tremores no Pantanal está diretamente relacionada às características geológicas da região. A bacia sedimentar do Pantanal é considerada geologicamente recente e ainda está em formação, o que contribui para a ocorrência de abalos sísmicos.
Outros fatores também influenciam, como a fina espessura da crosta terrestre abaixo da bacia e o fato de parte do estado estar localizado sobre o Lineamento Transbrasiliano, uma falha geológica significativa.
Com o monitoramento contínuo da região, iniciado em 2003, os dados coletados contribuem para ampliar o entendimento sobre os fenômenos naturais em uma área onde a dinâmica geológica permanece em transformação.
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*Com informações Midiamax