Sábado, 31 de Maio de 2025
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Temer defende Moraes e sugere revisão de penas: “Coragem jurídica para pacificar o país”

Ex-presidente critica “mal-estar” causado pelas altas penas do 8 de Janeiro e enfrenta resistência de bolsonaristas em busca de nova articulação política

15/05/2025 às 10h52
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O ex-presidente Michel Temer (MDB) voltou a demonstrar apoio ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmando que o magistrado, indicado por ele em 2017, age com "coragem jurídica" e que sua postura é fundamental para a pacificação do país após os eventos de 8 de Janeiro. Temer destacou que as penas aplicadas aos envolvidos na tentativa de golpe de 2023, algumas de até 17 anos, já estão sendo reavaliadas e que esse processo deve avançar para evitar um "mal-estar".

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"Ele já liberou muita gente. Fez o que deveria ser feito para garantir as eleições e agora busca pacificar o país", afirmou Temer. Segundo ele, o STF possui instrumentos jurídicos para readequar as dosimetrias e evitar que o tema continue alimentando polarizações.

Críticas bolsonaristas

As declarações de Temer contrastam com a postura dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que acusam Alexandre de Moraes de perseguição política. As ações do ministro, como a suspensão da rede social X e investigações contra aliados do ex-presidente, alimentaram manifestações de bolsonaristas ao longo de 2024.

O próprio Temer tem enfrentado resistência após sugerir uma articulação política com governadores para viabilizar uma terceira via em 2026. O pastor Silas Malafaia e Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom de Bolsonaro, foram alguns dos que publicamente criticaram a ideia, acusando Temer de enfraquecer a oposição conservadora.

A busca por uma saída política

Para o ex-presidente, o caminho para desarmar a crise está na revisão das penas pelo STF, mesmo reconhecendo que o Congresso também tem a competência para conceder anistias. A defesa de uma solução jurídica reforça a tentativa de Temer de reocupar espaço no debate político nacional, enquanto os apoiadores de Bolsonaro seguem questionando a legitimidade das instituições.

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As declarações de Temer, somadas à sua tentativa de articulação, apontam para um cenário de disputas intensas na busca por lideranças que possam superar a polarização entre o bolsonarismo e a esquerda nas eleições de 2026.

*Com informações Folha de S.Paulo

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