Sábado, 31 de Maio de 2025
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Lula retorna ao Brasil com desafio de conter crise de fraudes no INSS

Fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões geram impasse entre governo e Legislativo

16/05/2025 às 11h34
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Após retornar ao Brasil na noite desta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta a missão de conter os impactos da crise gerada pelas fraudes no INSS, estimadas em R$ 6,3 bilhões. O governo busca alinhar estratégias para reembolsar as vítimas e se distanciar das irregularidades iniciadas, segundo a Polícia Federal, na gestão de Jair Bolsonaro.

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Entre as medidas adotadas, o INSS abriu, na última quarta-feira (14), um canal para que aposentados e pensionistas possam informar descontos não autorizados em seus benefícios. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que “ninguém ficará para trás”, mas ainda não data definida para os reembolsos. Valores referentes a abril, que somam R$ 292,7 milhões, serão devolvidos automaticamente em maio.

O governo também suspendeu temporariamente os descontos em folha para associações e sindicatos. Apesar das ações, a pressão sobre o Executivo aumenta, especialmente com a possibilidade de abertura de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso para investigar as fraudes.

Impasse sobre a CPMI

Enquanto parte da base governista reluta em apoiar a criação da CPMI, aliados defendem a participação do Executivo como estratégia para responsabilizar a gestão anterior. Segundo a PF, os desvios começaram em 2019, durante o governo Bolsonaro.

O tema gerou tensão entre o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR) durante uma audiência no Senado nesta quinta-feira. Queiroz reforçou que as irregularidades foram interrompidas na atual gestão, tese que ministros de Lula têm reiterado nos últimos dias.

Contudo, o Planalto teme que a CPMI se transforme em um palco de disputas políticas, desviando o foco das investigações conduzidas pela PF e pela CGU (Controladoria-Geral da União). O receio é que isso possa atrasar o reembolso às vítimas, prioridade estabelecida por Lula.

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Com os holofotes voltados para o Palácio do Planalto, o presidente busca equilibrar a pressão do Legislativo e a necessidade de resposta rápida às vítimas, em meio a uma crise que desafia a credibilidade do governo.

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*Com informações R7

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