Domingo, 23 de Novembro de 2025

EUA miram Paulo Gonet e Fabio Shor: sanções por violações de direitos humanos ganham força

Procurador-geral e delegado da PF podem ser incluídos na Lei Magnitsky, ao lado de Alexandre de Moraes, sob acusações de perseguição política no Brasil

23/05/2025 às 10h18
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o delegado da Polícia Federal, Fabio Shor, estão sob escrutínio do governo dos Estados Unidos e podem se tornar alvos de sanções internacionais. Ambos foram citados em relatos enviados a autoridades americanas, que os acusam de colaborar para a violação de direitos humanos e a perseguição política no Brasil no contexto do processo relacionado à trama golpista.

As denúncias contra Gonet, autor da peça acusatória, e Shor, responsável pelas investigações, foram encaminhadas à administração norte-americana na mesma linha das acusações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Moraes já havia sido mencionado pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, como possível alvo da Lei Magnitsky, conhecida por punir violadores de direitos humanos em nível global.

A legislação, sancionada pelo ex-presidente Barack Obama em 2012, foi expandida em 2016 e permite sanções a indivíduos considerados violadores dos direitos humanos em qualquer parte do mundo. Entre as penalidades previstas estão o congelamento de ativos, restrições de entrada nos Estados Unidos e proibições de transações comerciais e financeiras com cidadãos ou empresas norte-americanas.

Um caso emblemático da aplicação da Lei Magnitsky foi o do ex-presidente da corte eleitoral da Nicarágua, Roberto José Rivas Reyes, acusado de fraude eleitoral e de minar instituições democráticas em seu país.

Fontes informaram que o processo contra as figuras brasileiras está em fase avançada, aguardando apenas o parecer do Departamento do Tesouro dos EUA sobre os impactos econômicos das sanções. A previsão é que o parecer seja concluído no segundo semestre, antes mesmo do julgamento final da trama golpista pelo STF.

A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, procurada para comentar o caso, não negou as informações, mas optou por não se posicionar sobre o assunto. Enquanto isso, Gonet, Shor e o STF não responderam aos pedidos de comentário.

Essa movimentação ocorre em um momento de crescente pressão internacional sobre instituições e autoridades brasileiras, evidenciando um escrutínio sem precedentes nas relações diplomáticas do país.

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*Com informações CNN

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