O governo federal tornou-se alvo de chacotas nas redes sociais após a sequência desastrosa de anunciar e, poucas horas depois, revogar o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, que visava arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, gerou uma onda de memes que satirizam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agora apelidado de “Taxad” pelos brasileiros.
No mundo digital, o humor ácido imperou. Títulos de filmes e séries foram adaptados para ironizar a política tributária do governo, como “10 Coisas que Taxei pra Você”, paródia da clássica comédia romântica de 1999, e “Rombo: Programado para Taxar”, uma referência à série de filmes de ação. A criatividade dos internautas escancarou a insatisfação popular, que, junto ao mercado financeiro, reagiu negativamente à medida e ao subsequente recuo.
Horas depois de publicar o decreto, o governo voltou atrás em parte das mudanças, mantendo isenções para aplicações de fundos nacionais no exterior e remessas de investimentos de pessoas físicas. Em nota, o Ministério da Fazenda justificou a reversão como resultado de um “diálogo e avaliação técnica”, mas as críticas e incertezas já haviam deixado marcas.
O mercado financeiro sentiu o impacto: o dólar, que havia caído a R$ 5,59, disparou para R$ 5,66. A bolsa de valores, que registrava alta durante o dia, fechou com queda de 0,44%. A reviravolta, acompanhada de um vazamento de informações antes do anúncio oficial, reforçou a percepção de improviso na condução econômica do país.
O ministro Haddad, que deixou Brasília antes da reunião de emergência no Planalto, tornou-se o símbolo do desgaste. A gestão federal, que buscava equilíbrio fiscal, viu-se sufocada por críticas do mercado, oposição e cidadãos comuns, expondo uma estratégia tributária frágil e mal planejada.
O episódio, mais uma vez, coloca em xeque a capacidade do governo de gerir crises e implementar medidas econômicas que inspirem confiança. Enquanto isso, memes e piadas se multiplicam, transformando a instabilidade em humor ácido, mas deixando um amargo rastro de desconfiança no cenário nacional.
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*Com informações Pleno News