O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atravessa uma tempestade de críticas e descontentamento popular. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4), 57% dos brasileiros desaprovam sua gestão, configurando o pior índice desde o início de seu mandato em 2023. Esse cenário reflete não apenas uma queda na aprovação — agora em 40% — mas também um esgotamento da paciência de eleitores que esperavam mais mudanças concretas.
Apesar da percepção menos severa sobre inflação e alta de preços, a imagem de Lula sofre abalos irreversíveis em segmentos importantes do eleitorado. Mulheres, católicos e trabalhadores de baixa renda, que tradicionalmente compõem a base de apoio do presidente, agora expressam desaprovação majoritária. Regiões como o Sudeste também acentuam o desgaste, com níveis recordes de rejeição.
O escândalo de desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se tornou um divisor de águas na crise do governo. A revelação de um esquema bilionário, envolvendo fraudes em descontos de aposentados e pensionistas, gerou indignação nacional. Com ampla cobertura da mídia e desdobramentos que culminaram na demissão de altos cargos, o caso ampliou o sentimento de frustração entre os brasileiros.
Para os eleitores, as promessas de ética e transparência feitas durante a campanha de Lula parecem cada vez mais distantes. Uma parcela significativa da população, 31%, já associa diretamente o governo ao desvio de recursos. Além disso, a percepção de que o país segue na direção errada alcançou 61%, um salto preocupante em comparação aos índices do início do ano.
Especialistas alertam que o governo precisa reagir rapidamente. "O excesso de escândalos e a lentidão em atender às demandas do eleitorado estão criando uma sensação de abandono", afirma o cientista político Felipe Nunes.
Com uma aprovação em queda livre e insatisfações acumuladas, Lula enfrenta o desafio de reverter a narrativa e provar que ainda pode entregar os resultados prometidos. Caso contrário, o custo político dessa crise pode se tornar irreversível.
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*Com informações Metrópoles
