O PSDB e o Podemos oficializaram nesta quinta-feira (5) a fusão que dará origem a um novo partido político, agora com 28 deputados federais e sete senadores, tornando-se a oitava maior força na Câmara dos Deputados e a quinta no Senado. A união é apresentada como uma estratégia de sobrevivência política em meio ao avanço de outras siglas do Centrão e ao fortalecimento de alianças como a federação recém-criada entre PP e União Brasil.
Uma fusão com desafios internos
Embora juridicamente o Podemos seja absorvido pelo PSDB, na prática, trata-se de uma fusão. A nova sigla promete mudanças significativas, como um novo estatuto e até a possibilidade de abandonar o número 45 nas urnas. Contudo, a definição do comando do partido ainda está indefinida, com lideranças prevendo disputas internas para o controle da nova estrutura.
A união busca resgatar a relevância de partidos que, em anos recentes, sofreram perdas significativas. O PSDB, que já governou o Brasil e comandou o estado de São Paulo por quase três décadas, viu seu poder encolher desde a derrota presidencial em 2014 e enfrenta dificuldades para se adaptar ao novo cenário político, dominado por siglas de direita e figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Memória e reconstrução
No passado, o PSDB chegou a ter uma bancada de 23 senadores e protagonismo no Congresso. No entanto, uma série de crises internas e perdas eleitorais enfraqueceram sua presença. Hoje, com a fusão, o partido busca um novo fôlego, enquanto lideranças de ambas as legendas reconhecem que o caminho até a consolidação será marcado por ajustes e negociações complexas.
A fusão marca um momento decisivo para dois partidos que, mesmo com histórias distintas, compartilham a necessidade de se reposicionar em um cenário político em transformação.
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*Com informações Metrópoles