A iminente troca de partidos dos principais líderes do PSDB em Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, deve provocar uma profunda transformação no mapa político estadual, colocando em xeque o atual domínio tucano. Riedel está previsto para se filiar ao Progressistas (PP), enquanto Azambuja deve migrar para o Partido Liberal (PL). Com eles, uma grande parte dos filiados acompanha, o que tende a dividir a base do maior partido do Estado.
A movimentação deixa o cenário eleitoral e partidário em aberto, já que o PSDB perderá muitos dos seus quadros, inclusive prefeitos e vereadores. Atualmente, são 44 prefeitos e 256 vereadores ligados à sigla, sendo que os prefeitos têm liberdade para mudar de partido a qualquer momento, enquanto ainda há dúvidas sobre a possibilidade dos vereadores fazerem a mesma troca após a incorporação do Podemos.
O PP, liderado em Mato Grosso do Sul pela senadora Tereza Cristina, deve ser o principal beneficiário desse racha. O partido, que já ocupa a segunda posição em número de prefeitos e vereadores no Estado, deve receber a maior parte dos prefeitos oriundos do PSDB, impulsionado pelo apoio do governador e a influência da senadora. Historicamente, o PP tem sido um dos poucos partidos capazes de desafiar a hegemonia tucana na região.
Por outro lado, Reinaldo Azambuja poderá enfrentar mais dificuldades para atrair filiados para o PL. Embora tenha o apoio de vários prefeitos e vereadores, o alinhamento ideológico e as posições do PL representam um obstáculo para uma adesão em massa.
Além disso, nomes importantes como os deputados federais Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira não devem acompanhar Reinaldo na migração para o PL, seja por falta de afinidade com o partido ou por ausência de espaço no PP, que já conta com uma chapa formada após a federação com o União Brasil.
Entre os deputados estaduais, a indefinição persiste, com a maioria aguardando a formalização das mudanças dos líderes e a abertura da janela partidária. Por ora, apenas Mara Caseiro e Zé Teixeira parecem certos em acompanhar Azambuja no PL, com a primeira mirando uma vaga na Câmara Federal e o segundo buscando reeleição estadual.
Essa nova configuração promete alterar profundamente a dinâmica partidária em Mato Grosso do Sul, colocando fim a um ciclo de hegemonia tucana e estimulando a reorganização das forças políticas locais.
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*Com informações Investiga MS