Na audiência desta segunda-feira (16), a CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de Campo Grande ouviu João Resende, ex-presidente do Consórcio Guaicurus, e Leonardo Dias Marcello, atual diretor jurídico-administrativo. Ambos confirmaram que o Consórcio descumpre cláusulas contratuais, como a renovação da frota de ônibus, e atribuíram à Prefeitura a responsabilidade pela paralisação dos investimentos no sistema.
João Resende, que esteve à frente do Consórcio por 13 anos, destacou que a falta de atualização do equilíbrio econômico-financeiro do contrato prejudica o funcionamento do transporte coletivo. “Hoje, operamos com prejuízo evidente. Sem reequilíbrio financeiro, não há como investir em novos ônibus ou cumprir as exigências contratuais”, declarou.
O diretor jurídico, Leonardo Dias Marcello, reforçou a necessidade de uma tarifa que permita investimentos e criticou a inércia do município. “Estamos dispostos a modernizar o sistema, mas isso exige condições financeiras viáveis, que dependem do Poder concedente.”
A CPI também revelou o alto engajamento popular no processo, com 616 denúncias catalogadas até o momento, evidenciando a insatisfação da população com a qualidade do transporte coletivo. As próximas oitivas, marcadas para quarta-feira (18), ouvirão o atual presidente do Consórcio, Themis de Oliveira, e o sócio-proprietário Paulo Constantino.
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