O cenário político em Mato Grosso do Sul ganhou contornos de tensão após reunião entre deputados do PSDB e os líderes Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja. A decisão de concentrar a disputa eleitoral em apenas três chapas, apelidadas de “chapas da morte”, gerou preocupação entre os aliados, que enfrentam o desafio de garantir espaço em um campo político cada vez mais estreito.
Com 20 deputados aliados e uma estratégia de contenção de custos, o grupo precisará eleger sete parlamentares por chapa para manter sua representatividade na Assembleia Legislativa. A movimentação inclui nomes de peso, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), o ex-prefeito de Três Lagoas Ângelo Guerreiro, e o ex-prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo (PSDB), além de Marco Aurélio Santullo, próximo à ex-ministra Tereza Cristina.
Os líderes deixaram claro que não repetirão o modelo das últimas eleições, quando sete chapas compunham a coligação. Desta vez, a aposta está na força de três partidos: PL, União/PP e um terceiro ainda em negociação, possivelmente uma federação entre PSDB, Republicanos e MDB.
Por outro lado, grandes partidos como PSD e até o próprio MDB, caso não integrem a federação, podem ficar de fora da estratégia, enfraquecendo ainda mais a amplitude política no Estado.
A cláusula de barreira, imposta pelas novas regras eleitorais, também pesa na decisão. Nas últimas eleições, a federação PSDB/Cidadania precisou de 293 mil votos para eleger seis deputados, enquanto outras federações, mesmo com números expressivos, conquistaram menos cadeiras.
A estratégia de Reinaldo e Riedel visa consolidar o grupo, mas pode gerar disputas internas e abrir brechas para outros partidos em Mato Grosso do Sul. O cenário acirrado promete uma disputa intensa tanto entre os aliados quanto com a oposição.
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*Com informações Investiga MS