Enfrentando um cenário de desgaste político e sucessivas derrotas no Congresso, o governo Lula (PT) intensificou a liberação de emendas parlamentares individuais esta semana, em um movimento para tentar reconquistar apoio. Mais de R$ 625 milhões foram empenhados, com o Centrão concentrando a maior parte dos recursos: PSD, União Brasil e MDB lideraram os repasses, somando R$ 241 milhões.
A liberação ocorre em um momento de instabilidade para o Executivo, que tem encontrado dificuldades para garantir fidelidade da base aliada em votações importantes. Em meio à queda de popularidade e à pressão por uma CPI sobre irregularidades no INSS, partidos como PP e Republicanos também receberam parcelas significativas do orçamento liberado, totalizando R$ 347 milhões para as cinco principais siglas do Centrão.
Enquanto isso, o PT, partido de Lula, ficou com R$ 70 milhões, valor ligeiramente superior aos R$ 69,5 milhões direcionados ao PL, principal legenda de oposição. A estratégia de liberação, entretanto, não foi suficiente para evitar novas derrotas: a Câmara dos Deputados aprovou a urgência de um projeto que susta o decreto presidencial sobre o aumento do IOF, e outros vetos presidenciais seguem pendentes.
Com pautas como a reforma tributária e a regulação das Eólicas Offshore ainda enfrentando resistências, o governo aposta na liberação de recursos como forma de minimizar tensões e evitar o isolamento político. Contudo, a necessidade de acomodar interesses divergentes entre aliados e opositores indica que o Planalto ainda enfrentará um caminho turbulento para avançar sua agenda.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Metrópoles